Após pouco mais de cinco minutos de intervalo, o depoimento do ministro da Justiça, Sérgio Moro, à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara recomeçou com ataques à deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que não estava presente, e discussão entre o deputado governista Boca Aberta (Pros-PR) e o líder da bancada do PT, Paulo Pimenta (RS).
A confusão começou quando Boca Aberta, em sua fala, começou a elogiar o ministro. Disse que Moro merece um troféu da Champions League, ao lado de jogadores de futebol, pelos serviços prestados ao país. Ele chegou a pedir desculpa pelo ministro ter sido convocado. Nesse momento, ele se queixou de ter que escutar Gleisi Hoffmann, “atolada até o pescoço na Lava Jato”. “Só Deus para me proteger. Ela vem pregar como a rainha de São Petersburgo”, dizia quando começaram as vaias e gritos de “cala a boca”.
O deputado insistiu. “Nesse momento entrego o troféu da Champions League para o senhor. Sérgio Moro, a maior estrela do combate à corrupção”, concluiu sob vaias. Em seguida, Paulo Pimenta partiu em defesa da deputada petista. As vaias e gritos começaram, então, entre os governistas. “Um homem atacar uma mulher que não está presente, eu sou líder da bancada do PT. Esse deputado é um covarde”, retrucou Pimenta.
Os gritos e ofensas de ambos os lados se intensificaram. Boca Aberta mandou que ele se aproximasse, com muito esforço, o líder do PT conseguiu pedir que se registrasse na ata o repúdio do partido aos ataques de Boca Aberta à deputada.
